As turmas A a F do 9.º ano, num total de 83 alunos, “embarcaram” numa longa viagem de três dias (1, 2 e 3 de maio) a Peniche, Sintra e Alcácer do Sal. Trata-se de uma atividade da responsabilidade do grupo de História, que articula com outras áreas do saber, no sentido de a tornar mais abrangente e enriquecedora.
Em Peniche, visitaram o Forte-Prisão associado aos valores da liberdade e da democracia, inseridos nos conteúdos de História. Uma vez que se encontra em obras, os alunos tiveram a oportunidade de ser esclarecidos por um professor que se deslocou propositadamente ao local, assumindo o papel de guia. Fez referência às Celas, ao Parlatório e ao Segredo e reforçou a força da população local na ajuda aos prisioneiros que consideravam “homens bons”, pois apenas pretendiam defender a democracia. Descreveu ainda a grande fuga, na qual se encontrava Álvaro Cunhal, uma figura de destaque na política portuguesa.
This slideshow requires JavaScript.
Em Sintra, os alunos visitaram a Quinta da Regaleira, deslumbrando-se com a sua beleza natural, simbólica e mitológica e observaram os estilos arquitetónicos neo presentes no Palácio. Apesar de ser feriado e de estrem imensos turistas, o que dificultou a deslocação pela Quinta, os alunos descobriram o seu universo imaginário, rico em símbolos e metáforas, na Álea dos deuses, no Portal dos Guardiões, no Poço Iniciático, nos percursos subterrâneos, nos lagos e nos jardins luxuriantes.
This slideshow requires JavaScript.
No final da tarde, deram entrada na Herdade das Parchanas e tomaram consciência da riqueza da biodiversidade da Reserva Natural do Estuário do Sado, onde se insere. Neste espaço, tiveram a oportunidade de realizar jogos (diurnos e noturnos) e atividades no rio e na piscina, de se divertirem no salão de jogos e nos jantares temáticos, de participarem no slide e no tiro… e ainda de observarem, ao Microscópio Ótico Composto, vários seres vivos como protozoários, algumas espécies de algas microscópicas e larvas de insetos, através da recolha de amostras de água de um charco.
Os monitores que os acompanharam formaram grupos e estabeleceram regras e normas de convivência, permitindo aprofundar o relacionamento interpessoal dos alunos e a aquisição de competências fundamentais para o exercício da cidadania. Como responsável pela gestão do espaço, o engenheiro Frederico d’Orey, fez questão de falar da origem do nome “Parchanas”, de explicar os seus antecedentes históricos e de descrever a riqueza biológica da Herdade.
This slideshow requires JavaScript.
E porque “a viajar também se aprende”, os alunos reconheceram e agradeceram a oportunidade que lhes foi dada pelos professores que os acompanharam (Bernardete, Margarida, Natália, Henrique, Olinda e Fernanda) e que estiveram sempre presentes, de dia e de noite, para os ajudar, orientar, ouvir e aconselhar. Valeu a pena!